quinta-feira, 8 de maio de 2008

Os efeitos do álcool no organismo.


O álcool é uma das substancia estimulantes mais consumida no mundo, depois da cafeína é um dos psicóticos mais consumidos. Mas em relação à cafeína é muito mais perigosa. Basta dar uma olhada nos jornais, acidentes automobilístico, assassinatos e violência domestica. Não estou dizendo que é o álcool que causa isso, mas é ele que desencadeia o descontrole das pessoas, ninguém bate o carro por ter bebido muito café, mas se ingerir álcool é possível.

Ação no sistema nervoso.
O fato é que, essa substancia afeta o sistema nervoso, (Neurotransmissores) de forma direta e indireta.
Em quantidades moderadas o álcool aumenta a quantidade de noradrenalina tendo efeito desinibidor, estimulando o indivíduo. A tiramina que está presente nas bebidas, inibe a Monoaminooxidase (MAO) impedindo que ela inative o excesso de noradrenalina.
Noradrenalina estimula os receptores do sistema nervoso autônomo simpático (adrenérgico), beta1, beta2, alfa1 e alfa2. Provocando vasoconstrição, aumento da freqüência cardíaca, aumento da força cardíaca e broncodilatação, deixando o indivíduo mais disposto, animado para dançar, falar, melhorando o humor e diminuindo a ansiedade “santo remédio”.


Mas em grandes quantidades, tem ação depressora no sistema nervoso central, como os benzodiazepanicos, agem estimulando a neurotransmissão gabaérgica, que é o principal inibidor do SNC, existem dois tipos de receptores gaba: o GABA-alfa e o GABA-beta, dos quais, apenas o GABA-alfa é estimulado pelo álcool. O resultado é um depressor no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do organismo. Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool, como as responsáveis pelo movimento, memória, julgamento e respiração. Isso porque as células neuronais possuem receptores específicos, que abrem um canal por onde entra íons cloreto na células neurais, fazendo com que célula fique hiperpolarizada, dificultando a despolarização e, como conseqüência, dá-se a diminuição da condução neuronal, provocando a inibição do SNC. O álcool inicialmente potencializa os efeitos do GABA, aumentando os efeitos inibitórios, mas, com o uso contínuo dessa substancia reduz o número de receptores GABA, o que explicaria o efeito de tolerância ao álcool.
Outros receptores também são estimulados como a glicina e acetilcolina. O que provavelmente é determinante no estado de possíveis dependência.

Ação sistêmica.
_Consumo moderado:
Euforia leve, sociabilidade, indivíduo torna-se mais falante.Aumento da autoconfiança, desinibição, diminuição da atenção, capacidade de julgamento.
Instabilidade e prejuízo do julgamento e da crítica.Prejuízo da percepção, memória e compreensão.Diminuição da resposta sensitiva. Midríase.
_Consumo excessivo:
Desorientação, confusão mental e adormecimentoPrejuízo da visão e da percepção, mobilidade e dimensõesPiora drástica na coordenação motora, fala arrastada Apatia e letargia Dificuldade de deambular ou coordenar os movimentosVômitos e incontinênciaProblemas de consciência
Inconsciência
Coma

Tratamento
Fora do sistema nervoso, o organismo promove uma reação fisiológica, contra a agressão do álcool e seus efeitos.
_ Cefaléia: o álcool desidrata o organismo, devido a sua ação tóxica e a perda de água pela inibição do hormônio antidiurético.
_ Mialgia: o álcool força o corpo a gastar mais glicose que o normal. Para metabolizá-lo o organismo precisa de açúcar, alem disso ele inibe a glicogenolise diminuindo a glicemia. A falta de glicose nos tecidos força os músculos a produzir energia através da fermentação lática, que deixa como resíduo o ácido lático, provocando dor no tecido muscular. Outro risco gerado pela baixa glicemia no encéfalo, quando drástica é quadro de coma, que deve ser socorrido rapidamente para se evitar a morte de tecido nervoso e possível óbito.
O tratamento é sintomático, baseando-se na hidratação ingestão de alimentos leves e ricos e carboidrato, e se possível repouso, pois os efeitos são passageiros porque o organismo consegue se recuperar sozinho sem a necessidade de medicamento.

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