sexta-feira, 8 de agosto de 2008

SÍNDROME DE STEVENS JOHNSON(SSJ)



A síndrome de Steven johnson é uma grave doença desordenada e sistêmica, severa, com potencial letal. Consiste em complexos imunes de hipersensibilidade mediada por uma reação alérgica grave, com uma característica que , normalmente, envolve erupção cutânea nas mucosas, e também , em menores apresentações podem ocorrer nos olhos, nariz, uretra, vagina, trato gastrointestinal, e trato respiratório, envolvendo processos de necrose no decurso da doença, onde as causas várias vezes são desconhecidas.


A Síndrome pode ser confundida com: Sarampo, Eritema multiforme,Varicela,que tem como diagnóstico diferencial o carater de lesão na pele, febre alta prolongada, a ausencia de sintomas subjetivos, e das inúmeras necroses. Apesar da Leucopenia, Steven Johnson relatou em seu primeiro estudo sobre a doença infecciosa, como sua etiologia teve causa desconhecida.



A patologia ocorre devido a uma reação alérgica a uma série de estímulos causada por muitas, drogas, infecções virais, entre outras doenças malignas. A cocaína, recentemente foi acrescentada a lista de drogas capazes de produzir a síndrome, embora até a metade dos casos, a etiologia específica não foi identificada. É uma síndrome mais comum em crianças, adolescentes e jovens adultos, com predominância dos brancos de sexo masculino.


Os síntomas sistêmicos são graves, e as lesões são extensas, envolvendo várias áreas do corpo com erupções cutâneas que consiste de pápulas eritematosas, vesículas e bolhas, podendo haver também lesão da íris. A reação é facilmente observada nas mucosas bucais, e conjutivites, assim como úlceras genitais.



Estima-se que em 3 a 15 por cento dos casos serão letais. As lesões quando na forma mais branda, começam a irromper entre 2 a 3 semanas após o ínicio da reação.


Até recentemente esta doença era confundida com Eritema multiforme, agora pensa-se que Eritema multiforme é uma intidade única, e SSJ é uma forma generalizada de reação hipersensível , geralmente às drogas, na qual lesões aparecem na mucosa e na pele, com manisfestações precoses mas que pode evoluir para uma forma mais grave, que é a Necrólise Epidérmica Tóxica (NET), com elevada mortalidade e morbilidade, de até 40 por cento dos casos.


A necrólise epidérmica tóxica é uma doença cutânea potencialmente letal na qual a camada superior da pele desprende-se em camadas. Um terço dos casos de necrólise epidérmica tóxica é causado pela reação a um medicamento, mais freqüentemente a penicilina, os antibióticos contendo sulfa, os barbitúricos, os anticonvulsivantes, os antiinflamatórios não esteróides ou o alopurinol. Em outro terço dos casos, a necrólise epidérmica tóxica ocorre juntamente com uma outra doença grave, complicando o diagnóstico. No terço restante, nenhuma causa pode ser detectada.


As cicatrizes consequentes da necrose, pode levar a perda de funções orgânicas, bem como esofágica restrições que podem ocorrer quando a ampla participação do esôfago existe. Quando atinge os brônquios, pode levar a insuficiência respiratória. Também podem ser consequências causadas pela doença: cegueira, complicações renais, pulmonares, perfuração do globo ócular,hemorragia gastrointestinal, hepatite, nefrite, artralgia, artrite, febre, mialgia, entre outros.


O diagnóstico da doença , geralmente é feito até a caracterização das erupções cutâneas, que aparece após 1 a 3 semanas de exposição ao estímulo, não é possível ser diagnosticada por outro diagnóstico.



O tratamento depende da suspeita de causar precipitação, deve-se interromper o uso de medicamentos como : feniltoína, sulfas, penicilina ou anticonvulsivantes.


Um dermatologista é a mais provável para estabelecer o diagnóstico clínico, com ou sem biópsia.


Casos graves podem exigir a participação de um especialista ou necessitar de cirurgia plástica. Não existem tratamentos específicos para a doença, o uso de corticóides deve ser monitorado pois, podem elevar o índice de mortalidade causada pela pela SSJ.

4 comentários:

dicionariodesindromes disse...

Gostei do Blog de vocês. Gostaria de sugerir acrescentarem apenas no Layout a opção de acompanhamento do Blog, fica mais fácil para acompanharmos.
Também gostaria de sugerir para leitura meu blog: http://dicionariodesindromes.blogspot.com
Obrigada.

Grazielle Guilherme (Apreciadora de vinhos) disse...

Boa noite!

Bem estava passeando pela net quando encontrei o Blog, Vou deixar aqui meu testemunho. Adorei o site e contém informações suficientes sobre essa doença.
Sou prova viva, de que essa doença é terrivel, pois fui vitima dela á 30 anos atrás e até hoje sofro com suas sequelas.

Graças a deus, posso dizer assim que estou bem, até melhor que outras pessoas que a tiveram.Isso ocorreu quando eu tinha 4 anos de idade. Minha mãe usou em mim u produto chamado SARNAPIM. Este produto era usado nos cabelos e sua açõa era para piolhos. Eu infelizmente tive uma reação alérgica, o que ocasionou a Sindrome. Não me lembro muito bem, mas sei que fiquei internada muito tempo no hospital da Baleia em Belo Horizonte,cidade onde moro e nasci.
Foi muito sofrimento durante o tratamento, muita tristeza, dor,incomodo e minha mãe sempre comigo. Sei que fui iluminada e abençoada por Deus, pois fui me recuperando e graças ao meu Oftamologista Valenio Perez França" in memorian", que abraçou meu caso e me acompanhou desde os 4 anos de idade.Infelizmnete ele veio falecer semana passada,e deixo aqui minha homenagem a esse grande mestre, que para mim ele foi muito mais que meu médico; era meu amigo e conselheiro.
Bem, mas graças a ele e a Deus, estou bem, com meus 33 anos de idade, estou casada e só tenho a dizer que as sequelas ainda vão me perseguir até o fim de minha vida. Fiquei com problemas nos olhos, sindorme do olho seco, anormalidades na lágrima e sempre tenho que retirar cilios que nascem detro dos olhos. Além, do acompanhamento de 6 em 6 meses na clinica. Situação delicada, mas que estou vencendo dia a dia sem me cansar e desanimar.

Grazielle Guilherme

Cleivânia disse...

Olá, tudo bem?.
Parabéns pela iniciativa. Esta também é a minha luta: informar e concientizar as pessoas sobre um problema tão sério.
Sou portadora dessa síndrome. Comigo aconteceu em 2000, após a ingestão da fenitoína. Descobri também que sou alérgica à xilocaína.
Dessa experiência escrevi um livro "Das Cinzas ao Renascimento: um caso de síndrome de Stevens Johnson".
Convido vocês e a galera para acessarem o meu blog:
www.cleivaniaalmeida.com.br

Abraços,

Cleivânia Almeida

Grazielle Guilherme (Apreciadora de vinhos) disse...

Oi Pessoal, boa tarde!

Para informaçõa de todas:estive ca clinica onde faço controle e vou fazer o teste da lente terapeutica para aliviar os traumas que minha cornea sofreu e também para protegê-la.

Caso dê certo, vai ser muito bom, mas de tudo se não tivermos sucesso, provavelmente devo passar pela cirurgia de transplante da glandula salivar para os olhos.

Vou me informar melhor desta cirurgia e passo par vcs do grupo.

Cleivania, vc tem msn?
Se tiver me adicione: graz_guilherme@hotmail.com para trocarmos mais informações.
Acho legal nós que tivemos esse problema nos unirmos e juntas estarmos trocando informações por aqui. Quem quizer anotar meu msn, por favor, estejam a vontade.

Abraços!

Grazielle Guilherme