domingo, 20 de abril de 2008
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
INTRODUÇÃO
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma alteração da regulação da pressão arterial que se mantém em níveis mais elevados do que o normal em um indivíduo tendo também características de cronicidade. Sua incidência aumenta com a idade e é mais comum em afro-americanos que em brancos,segundo é mostrado em alguns estudos. Depende da interação entre predisposição genética e fatores ambientais, sendo acompanhada por alterações funcionais do Sistema Nervoso Autônomo Simpático, Renais do sistema Renina, Angiotensina, além de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial. Isso significa que ela resulta de várias alterações estruturais do sistema cardivascular que tanto amplificam o estímulo hipertensivo, quanto causam danos cardiovasculares.
DESENVOLVIMENTO
Os mecanismos que de modo geral, tendem a elevar a pressão arterial, são denominados pressores e normalmente acontecem devido a vários fatores. Nesse, sempre é possível estabelecer o fator inicial desencadeante da hipertensão arterial, mas sabe-se que ela tende a se manter pelo desenvolvimento de alterações vasculares renais ou nefroesclerose arteriolar, também pela adaptação estrutural das arteriolas (cuja paredes se tornam mais espessas) e finalmente por uma readaptação dos baroreceptores aórticos e carótidos que reagem adaptando a pressão a níveis superiores ao normal.
Existem dois tipos de hipertensão arterial sistêmica:secundária e primária, sendo que a segunda é muito mais freqüente.
A Hipertensão Arterial Secundária , ocorre devido a fatores pressores determinados por um distúrbio preciso. Esse tipo de hipertensão arterial pode ser observado em pessoas com feocromacitoma, que são tumores de células da medula supra renal, que secretam epinefrina, levando ao aumento do Débito Cardíaco (DC) e vasoconstrição arteriolar .São produzidos grandes quantidades de catecolaminas que levam a hipertensão.
Outro tipo de hipertensão secundária é o aldosteronismo primário, caracterizado por uma hipersecreção primária de aldosterona pelas glândulas supra renais, com elevada retenção de sódio no liquido extra celular, hipervolemia e reduzida condutancia periférica total.
Na hipertensão renovascular, haveria formação de substancias pressoras pertencentes ao sistema renina-angiotensina-II. Ocorre estinose significativa da artéria renal com diminuição do fluxo sanguíneo também renal. Percebe-se o aumento do volume extra-celular (e da volemia) e reduzida condutancia periférica total sendo que a redução da irrigação renal pode dever-se a fatores neurogênicos, como hiperatividade simpática, que produz vasoconstrição da arteríola aferente renal.
Já a hipertensão primária (essencial), não tem causa conhecida, mas estudos mostram que pode haver ligação com fatores genéticos. É caracterizada pela reduzida condutancia periférica total (aumento da resistência), aumento significativo da pressão arterial diastólica, enquanto a pressão sistólica não se altera muito. A modificação preponderante da condutancia periférica total, sugere uma vasoconstrição arteriolar difusa, devido à maior atividade simpática adrenal, produzida geralmente por fator psicogênico, aumento da secreção de renina-angiotensina-aldosterona (S-RAA),ou outras substancias vasoativas, como endotelina-I.
Nesse sentido, uma das medidas terapêuticas adotadas na hipertensão arterial deve ser a redução de sal na dieta e o uso de diuréticos, com a intenção de eliminar o conteúdo de sódio no organismo e reduzir a secreção do fator nitruérico III. O uso concominante de vaso-dilatadores como ANP ou adrenomedulina também é indicado. Dentre as classes de anti-hipertensivos para uso clínico destacam-se os diuréticos, inibidores adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensinogênio), bloqueadores da angiotensina II e vasodilatadores diretos, sendo que para o tratamento não medicamentoso, recomenda-se o controle do peso, pratica de exercícios físicos, controle do estresse psicoemocional.
REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL RENAL
Os rins, podem regular a pressão arterial pelo aumento ou diminuição do volume sanguíneo. Quando ocorre a redução da pressão arterial, mesmo em níveis moderados, a formação da urina é diminuída, provocando o acúmulo de líquido no corpo, aumentando o volume sanguíneo e restabelecendo a pressão arterial. Outro mecanismo encontrado nos rins para regular a pressão arterial é a formação de Renina. Este hormônio tem uma função muito importante, pois, atua rapidamente elevando a pressão.
O hormônio Renina por se só, não é capaz de alterar a pressão, mas, quando atua sobre as proteínas plasmáticas, converte esse substrato em AngiostensinaI, que tem pouco efeito sobre a circulação, mas rapidamente é convertido em um segundo hormônio, a Angiotensina II, que provoca a vasoconstrição nas arteríolas, levando assim ao acréscimo da pressão arterial, mostrando ser um mecanismo eficaz.
Outro hormônio encontrado na regulação da PA é a aldosterona secretado pelo córtex da supra-renal. Esse corticosteróide controla o débito renal de água e sal. Mas, o aldosterona só é secretado quando a pressão cai a valores muito baixo. Outro efeito de estimulação da supra renal é através da AngiotensinaII, que é formado pelo Renina.
O Sistema Renal é um dos mais importantes no controle da P.A, por isso, pode ser também o desencadeador da hipertensão,conhecida como hipertensão renal. Essa hipertensão é causada pelo funcionamento anormal do rim, reflexo de lesões renais, como as infecções e escleroses das arteríolas renais.
A forma como o sistema renal provoca a hipertensão, é , na sua maioria, aumentando progressivamente o volume sanguíneo, através da retenção de líquidos fazendo com que todo o corpo atinja valores de pressão excessiva, provocando assim, o comprometimento de alguns órgãos, podendo chegar a surdez e cegueira.
O maior risco de hipertensão causado pela hipervolemia é o AVE (acidente vascular encefálico) e a insuficiência cardíaca, devido a carga excessiva de sangue que será bombeado pelo coação.
REFLEXO DA HIPERTENSÃO NO CORAÇÃO
A hipervolemia pode causar a insuficiência cardíaca, devido ao excesso de sangue dentro das cavidades do coração, fazendo com que o músculo cardíaco fique distendido além dos seus limites, dificultando a sua contração. Outro fator de risco, é a força da contração do músculo cardiaco devido a pressão sistólica e diastólica elevada, o que provoca uma sobrecarga nas válvulas, podendo levar a extenoses e regurgitação.
HIPERTENSÃO HORMONAL
Os cortices supra renais secretam quantidades axcessivas de aldosterona, seja como resultado de um tumor ou por estimulação excessiva pela a hipófise anterior. Em qualquer dos casos , a produção aumentada de aldosterona faz com que o rim retenha quantidades excessivas de sal e de água.
Um segundo tipo de hipertensão é o causado por Feocromocitoma, um tumor da medula supra renal , que é a parte central da glândula supra renal .O Feocromocitoma secreta grandes quantidades de epinefrina e de noropinefrina. Esses hormônios são levados pelo sangue circulante a todas os vasos, onde promovem vasoconstrição intensa. O feocromocitoma só secreta seus hormônios quando estimulado pelo sistema simpático.
HIPERTENSÃO NEUROGÊNICA
Muitos clinicos acreditam que a tensão nervosa em excesso pode causar hipertensão.
A proposta mais aceita é a de que o grau de atividade simpática fica aumentada e que isso produz constrição dos vasos sanguíneos periféricos e aumento da atividade cardíaca, o que aumenta a pressão arterial . A atividade simpática intensa, ocorrendo repetitivamente, poderia produzir alterações renais permanentes e essas alterações é que levariam à hipertensão crônica.
CONCLUSÃO
Predisposição genética, fatores ambientais, unidos a alterações funcionais do Sistema Nervoso Autônomo Simpático, renais, além de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial, são fatores que influenciam Hipertensão Arterial Sistêmica. Os organismos pressores, tendem a elevar a pressão, onde é possível estabelecer o fator inicial desencadeante da HAS. Uma das medidas adotadas para o controle algumas medidas básicas para o controle da mesma deve ser, a redução do uso de sal na dieta e o uso de diuréticos, com a intenção de eliminar o conteúdo de sódio do organismo.Recomenda-se também o controle de peso na prática de exercícios físicos, não exceder no consumo de bebidas alcoólicas e não fumar, r controlar o estresse psicoemocional.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário