segunda-feira, 21 de abril de 2008

LÚPUS


Lúpus Eritomatoso Sistêmico, ou LES, é uma doença inflamatória cronica, multissistêmica, de causa ainda desconhecida e natureza auto-imune. Tem como característica a presença elevada de auto-anticorpos, que causa uma espécie de "alergia" ao próprio organismo. O desenvolvimento está ligado a uma pré-disposição genética juntamente com fatores ambientais como, luz ultravioleta e alguns medicamentos. É uma patologia rara, mais incidente em mulheres do que homens, e negros quando comparado a brancos. O Lúpus varia de um paciente a outro, de casos simples a casos significativos com danos a órgãos vitais como pulmão, rim, coração e cérebro. Alguns pacientes nunca desenvolvem complicações severas, outros apresentam períodos de atividades intensa intercaladas com períodos de remissão que duram de semanas a meses ou até anos.
Segundo critérios propostos pelo "American College of Rheumatology (ACR)", o diagnóstico de LES se baseia na presença de quatro ou mais critérios dos onze abaixo:
  1. Eritema Malar: Lesão eritematosa fixa em região malar, plana ou relevo;
  2. Lesão discóide: Lesão eritematosa infiltrada com escamas queratóticas, aderidas e tampões foliculares que evolui com cicatriz atrófica e discromia;
  3. Fotossensibilidade: Exantema cutâneo, como reação não usual a exposição à luz solar;
  4. Úlceras orais/nasais: Úlceras orais ou nasofaríngeas, usualmente indolores;
  5. Artrite: Artrite não erosiva, envolvendo duas ou mais articulações, apresentando dor e edema, ou derrame articular;
  6. Serosite: Inflamação do revestimento do pulmão-pleura, ou coração-pericárdio;
  7. Comprometimento renal: Proteinúria
  8. Alterações neurológicas: Anormalidades sem explicação, psicose ou depressão;
  9. Anormalidades imunológicas: Células LE, ou anticorpos anti-DNA, ou ainda anticorpos SM positivos, teste falso-positivo para sífilis;
  10. Alterações hematológicas: Anemia hemolítica, leucopenia, linfopenia, ou plaquetopenia
  11. Fator anti núcleo (FAN)
Embora raro, é possível pacientes com LES apresentarem menos do que quatro sintomas citados acima.

A abordagem terapêutica deve ser abordada com algumas medidas gerais como:
-Informar ao paciente e aos familiares o que é a doença, seus riscos e o tratamento.
-Transmitir otimismo ao paciente e motivação para o tratamento.
-Estimular projetos de vida, fazendo com que o paciente se empenhe mais na busca de seu bem estar.
-Atividade física: recomendar a moderação em atividades físicas e insentivar sua prática , alertando para que seja feito um repouso nos períodos sistêmicos da doença.
-Uma dieta balanceada para evitar o aumento de massa, reduzir o uso de corticosteróides evitando a retenção de água no organismo, o que leva ao edema, devendo-se então reduzir o consumo de sal na dieta normal. (Há estudos sobre a eficácia do óleo de peixe na redução de inflamação)
-Drogas álcool e fumo: anticoncepcionais orais e penicilina podem disparar a doença e devem ser evitados. O álcool não deve ser consumido para evitar sua interação com sedativos e antialérgicos. O pulmão pode ficar comprometido, então deve-se evitar o fumo.

O tratamento medicamentoso deve ser especifico para cada paciente, pois, deve-se levar em consideração os órgãos comprometidos ou sistemas acometidos, e a gravidade desses acometimentos. Pacientes que apresentam comprometimentos de multiplos sistemas devem ser tratados para o mais grave. Independete dos órgãos ou sistema afetados, o uso de antimalárico é indicado com a finalidade de reduzir a atividade da doença e tentar poupar corticóide em todos pacientes com LES.

Um comentário:

Samara disse...

se conseguirem entrar..fale algo ai..
^^