




O álcool é uma das substancia estimulantes mais consumida no mundo, depois da cafeína é um dos psicóticos mais consumidos. Mas em relação à cafeína é muito mais perigosa. Basta dar uma olhada nos jornais, acidentes automobilístico, assassinatos e violência domestica. Não estou dizendo que é o álcool que causa isso, mas é ele que desencadeia o descontrole das pessoas, ninguém bate o carro por ter bebido muito café, mas se ingerir álcool é possível.
Ação no sistema nervoso.
O fato é que, essa substancia afeta o sistema nervoso, (Neurotransmissores) de forma direta e indireta.
Em quantidades moderadas o álcool aumenta a quantidade de noradrenalina tendo efeito desinibidor, estimulando o indivíduo. A tiramina que está presente nas bebidas, inibe a Monoaminooxidase (MAO) impedindo que ela inative o excesso de noradrenalina.
Noradrenalina estimula os receptores do sistema nervoso autônomo simpático (adrenérgico), beta1, beta2, alfa1 e alfa2. Provocando vasoconstrição, aumento da freqüência cardíaca, aumento da força cardíaca e broncodilatação, deixando o indivíduo mais disposto, animado para dançar, falar, melhorando o humor e diminuindo a ansiedade “santo remédio”.
Mas em grandes quantidades, tem ação depressora no sistema nervoso central, como os benzodiazepanicos, agem estimulando a neurotransmissão gabaérgica, que é o principal inibidor do SNC, existem dois tipos de receptores gaba: o GABA-alfa e o GABA-beta, dos quais, apenas o GABA-alfa é estimulado pelo álcool. O resultado é um depressor no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do organismo. Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool, como as responsáveis pelo movimento, memória, julgamento e respiração. Isso porque as células neuronais possuem receptores específicos, que abrem um canal por onde entra íons cloreto na células neurais, fazendo com que célula fique hiperpolarizada, dificultando a despolarização e, como conseqüência, dá-se a diminuição da condução neuronal, provocando a inibição do SNC. O álcool inicialmente potencializa os efeitos do GABA, aumentando os efeitos inibitórios, mas, com o uso contínuo dessa substancia reduz o número de receptores GABA, o que explicaria o efeito de tolerância ao álcool.
Outros receptores também são estimulados como a glicina e acetilcolina. O que provavelmente é determinante no estado de possíveis dependência.
Ação sistêmica.
_Consumo moderado:
Euforia leve, sociabilidade, indivíduo torna-se mais falante.Aumento da autoconfiança, desinibição, diminuição da atenção, capacidade de julgamento.
Instabilidade e prejuízo do julgamento e da crítica.Prejuízo da percepção, memória e compreensão.Diminuição da resposta sensitiva. Midríase.
_Consumo excessivo:
Desorientação, confusão mental e adormecimentoPrejuízo da visão e da percepção, mobilidade e dimensõesPiora drástica na coordenação motora, fala arrastada Apatia e letargia Dificuldade de deambular ou coordenar os movimentosVômitos e incontinênciaProblemas de consciência
Inconsciência
Coma
Tratamento
Fora do sistema nervoso, o organismo promove uma reação fisiológica, contra a agressão do álcool e seus efeitos.
_ Cefaléia: o álcool desidrata o organismo, devido a sua ação tóxica e a perda de água pela inibição do hormônio antidiurético.
_ Mialgia: o álcool força o corpo a gastar mais glicose que o normal. Para metabolizá-lo o organismo precisa de açúcar, alem disso ele inibe a glicogenolise diminuindo a glicemia. A falta de glicose nos tecidos força os músculos a produzir energia através da fermentação lática, que deixa como resíduo o ácido lático, provocando dor no tecido muscular. Outro risco gerado pela baixa glicemia no encéfalo, quando drástica é quadro de coma, que deve ser socorrido rapidamente para se evitar a morte de tecido nervoso e possível óbito.
O tratamento é sintomático, baseando-se na hidratação ingestão de alimentos leves e ricos e carboidrato, e se possível repouso, pois os efeitos são passageiros porque o organismo consegue se recuperar sozinho sem a necessidade de medicamento.
Um teste simples pode ser feito para a verificação da alteração na sensibilidade. Pode ser feito com um alfinete, e com a pessoa que está sendo examinada de olhos fechados ou sem olhar para a região do teste.
A pele deve ser tocada suavemente na área suspeita de dormência e na pele sadia (Atenção: tocar suavemente! Cuidado para não espetar ou furar a pele!). Quando a pessoa sente de forma diferente o toque da ponta do alfinete ou não sente na área da mancha, pode se tratar de um caso de hanseníase.
Outra forma é alternar toques com a ponta ou a cabeça do alfinete e pedir para quem está sendo examinado dizer, sem olhar, se foi um toque com a ponta ou a cabeça. Se houver dormência ou diminuição da sensibilidade a pessoa terá dificuldade em diferenciar os dois toques.
Nestes casos, a pessoa deve procurar um posto de saúde na região onde mora para um exame mais completo
Nas formas paucibacilares (poucos bacilos), que acometem pessoas mais resistentes à doença, são utilizados 2 medicamentos durante seis meses. Os multibacilares (muitos bacilos), que têm menos resistência à hanseníase fazem o tratamento com 3 medicamentos, por 12 ou 24 meses.
O tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde, nos postos de saúde ou hospitais, com distribuição de medicamentos fornecidos pela rede pública de saúde. O tratamento só será 100% eficiente se for feito do começo ao fim.
O Brasil ocupa o 5.º lugar no mundo em números de casos de tratamento para cada 10.000 habitantes e primeiro lugar nas Américas, apesar dos esforços para eliminação da hanseníase, enquanto problema de saúde pública, e ainda encontra dificuldades para atingir a meta pactuada na 44.ª Assembléia Mundial de Saúde, em 1991, que considerava a hanseníase como eliminada em um índice de prevalência menor que 1 caso por 10.000 habitantes.
Os estados que merecem atenção são os da Amazônas, mais os estados de Mato Grosso, Goiás, Pernambuco, Piauí e Bahia que apresentam maior incidência da doença e são considerados prioritários, 72,4% da carga da doença no País. Nos municípios desses estados, além das altas taxas de prevalência e de detecção de casos novos, os percentuais elevados de casos na faixa etária de menores de 15 anos de idade, demonstram a fragilidade no sistema de vigilância epidemiológica da doença.
Um pouco da história
A cura da doença surge em meados da década de 40, mas só em 1959 uma assembléia mundial decide acabar com o isolamento e segregação a que eram submetidos os portadores da hanseníase. Somente no inicio da década de 70, o Brasil começa a terminar com a política de isolamento e de condenação ao confinamento em colônias. Hoje, as pessoas acometidas recebem remédios de graça e se tratam em casa, com acompanhamento médico nas unidades básicas de saúde. O tratamento dura, em média, de seis meses a um ano.